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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Capítulo I - Faltou coração

O que dizer do jogo entre Corinthians x Tolima?
Um time esquisito, um time sem novidade, sem inovações, sem algo de diferente, um time sem movimentação, sem criatividade, um time sem alma, sem paixão, sem emoção, sem vontade, sem coração.
As coisas tem que mudar muito até quarta-feira, a idéia de poupar os titulares contra o São Bernardo talvez não seja muito boa, a torcida precisa ver um avanço, precisa sentir confiança no time.
Existe também o outro lado, o time não sentir a pressão da torcida pode fazer bem, e é nisso que eu to confiando, lá não vai ter 30mil loucos gritando Não para, não para, não para e nem aqui tem um bando de loucos.
Além da vontade dos atletas, algo mais precisa mudar, falo de algo vindo do técnico, o time não pode ser o mesmo, esse esquema não pode continuar, não adianta dizer que em 2009 funcionou com os mesmos jogadores, porque definitivamente não eram os mesmos.
Começamos pelo ataque, os tais três atacantes são sim os mesmos de dois anos atrás, mas não estão como há dois anos atrás. Dentinho perdeu a ousadia que tinha, Jorge Henrique já não acompanha o lateral adversário, com isso não auxilia Alessandro. Ronaldo é o que mais distante de todos, não é mais decisivo, não consegue mais nenhuma arrancada, e arrisco dizer que ele é quem deve sair do time, só jogando os últimos vinte minutos.
No meio, a mudança foi total. Quando falamos de volante marcador, do cão de guarda, não há nenhum no Brasil como Ralf, mas nos títulos Paulista e do Brasil tinhamos um primeiro volante com uma saída de bola incrível, que chutava bem de média e longa distância e as vezes ainda aparecia na área. O segundo volante era Elias, que é um motorzinho, dita o ritmo do time, aparece bem, fazia gols e auxiliava Douglas na armação, Jucilei talvez seja o melhor volante brasileiro atuando no Brasil, mas não é um grande armador, precisa de alguém que faça a função, por isso foi tão bem ao lado de Elias. E o camisa 10 é bem diferente também, Douglas era um clássico, aquele que para, pensa, decide o jogo com um, dois passes. Bruno já é mais segundo atacante, não é um grande passador e sim um grande finalizador, funcionava maravilhosamente bem com Elias, que organizava as jogadas, mas sozinho não tem a mesma funcionalidade de Douglas.
Na Defesa a situação é a mesma, Chicão não é o mesmo sem Willian, e Castán ainda não mostrou a mesma segurança do Capita, nas laterais, Alessandro não tem a mesma força defensiva que tinha quando contava com a ajuda de Jorge Henrique, Roberto Carlos, é o melhor lateral da história, mas já não conta com o mesmo poder ofensivo de outras épocas, poder que André Santos tinha de sobra e decidia jogos para o Timão.
Enfim, possível ainda é. Mas precisa mudar, mudar o esquema, mudar um ou outro jogador, mas mudar principalmente a atitude do time, e não se pode esquecer do coração, é isso o que mais tem que ter.

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